Eficiência energética em sistemas de tratamento de água:

Todo ano aparecem inovações e pesquisas no saneamento que buscam resolver algum problema ou melhorar algum tipo de serviço. No meio de todas essas questões surge a eficiência energética. 

Ou seja, a eficiência energética por sua vez busca melhorar o uso da energia para a produção de água potável, tratamento de esgotos ou resíduos sólidos. O que não se torna uma tarefa fácil, visto a complexidade destes processos. 

Diversos órgãos nas esferas pública e privada, no Brasil e ao redor do mundo tentam diminuir o gasto energético através de medidas internas e externas de controle de perdas. Além disso, existem lugares onde já é possível tratar a água com energia gerada de maneira sustentável. Entretanto, este é um impulso que incentiva plantas de tratamento a usarem, reciclar e aplicar melhor os recursos hídricos e elétricos. 

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A eficiência energética nos sistemas de tratamento de água no Brasil e ao redor do mundo 

Primeiramente, é importante ressaltar que o consumo de energia elétrica não tem sido um problema apenas no saneamento e no Brasil. 

A globalização do acesso à energia traz à tona a questão da demanda crescente por energia elétrica. Por conta disso, entram em cena outros meios de produção de energia, como por exemplo a força do vento, do sol ou das oscilações marítimas. 

Por sua vez, os governos, os órgãos ambientais e demais entidades tentam regulamentar esses meios de produção de energia, todos os dispositivos usados neste processo e ao mesmo tempo conscientizar o consumidor em relação ao consumo de energia elétrica e água.

Essa conscientização na maioria das vezes é forçada com um aumento de tarifa ou com multa para aqueles que excedem limites estabelecidos. Da mesma forma que este limite é imposto às companhias de saneamento com tarifas altas de energia elétrica e a preocupação com os recursos hídricos que estão sendo desperdiçados. Portanto, desperdiçar água tratada é desperdiçar energia.

Segundo dados da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) 65% da matriz elétrica brasileira vem da água e de acordo com estudo do Instituto Trata Brasil, quase 40% da nossa água tratada é desperdiçada, não chegando ao destino final. Ou seja, usar estes insumos fundamentais sem nenhuma preocupação pode acabar formando um colapso de ineficiência hídrica e energética.  

Eficiência operacional x Eficiência energética 

Primeiramente, é importante ressaltar que não é apenas com grandes obras que se consegue conquistar a eficiência energética. Sendo assim, fazer uma organização nos processos internos pode ajudar e muito nesse quesito. 

Uma empresa que faz a concessão de água e esgoto na cidade de Campo Grande fez um trabalho com esse foco. 

O conjunto de ações é voltado para o uso racional da energia, seguindo a ideia de aumentar a eficiência e diminuir os custos. A equipe que introduziu o conceito na empresa trabalhou junto com a equipe de eletromecânica desde novembro de 2007. Confira as medidas que foram usadas: 

  • Instalação de timers em poços;
  • Investimento em melhorias de equipamentos;
  • Geofonamento para detecção de vazamentos;
  • Troca de conjuntos moto-bomba;
  • Instalação de bancos capacitores;
  • Desobstrução de adutoras com pigs (torpedos);
  • Uso de automação em registros com atuadores elétricos;
  • Monitoramento de pressão da rede de distribuição;
  • Manutenção do parque de medidores;

Essas medidas geraram benefícios que logo foram percebidos pela companhia. Como redução de gastos com energia elétrica e a produtividade de até 20% a mais de água por conta da troca da moto bombas. 

É importante destacar que as medidas tomadas pelas companhias na direção da eficiência energética trazem benefícios para toda a sociedade, sejam econômicos, qualitativos ou ambientais. 

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