A eficiência energética conhecida por aprimorar a operação e o consumo elétrico em equipamentos industriais. Sendo essa uma necessidade presente dentro das indústrias, já que é necessário garantir produtividade e estar sempre em busca de competitividade. 

Ter um projeto de eficiência energética bem planejado e executado, com aplicações de soluções inovadoras e integradas, gera mais segurança para os sistemas. Além de um melhor desempenho das funções, evitando a sobrecarga da rede elétrica ou o desperdício de recursos importantes.    

Ou seja, são objetivos da eficiência energética extrair o melhor dos recursos disponíveis, otimizando o consumo de energia associando o crescimento industrial à responsabilidade ambiental. Entretanto, para que isso se torne possível, é necessário que a indústria possua uma boa gestão de energia estratégica com um planejamento energético customizado, que cogite novos modelos de negócio assegurando do início ao fim o investimento do projeto.  

Os dados globais e nacionais sobre a eficiência energética 

Segundo dados do estudo da Agência Internacional de energia (IEA), em 2020 o consumo de energia industrial foi de cerca de 156 EJ no mundo. O que contribuiu com cerca de 39% de todas as emissões de gases do efeito estufa que estão ligados à energia. Para que você consiga notar o quão grande é esse número, o atual consumo de energia da China está em torno de 95 EJ. 

Além disso, esse relatório ainda mostra quais ações urgentes estão relacionadas à eficiência de energia. Principalmente a eficiência de materiais, que podem ajudar a evitar 18 EJ e 1,3 gigatonelada de emissões industriais até 2030. 

No Brasil, as indústrias geram mais de 30% do consumo final de energia e quase 40% da eletricidade consumida no país. Além disso, equipamentos ultrapassados e pouco eficientes como motores, caldeiras e compressores, acabam impactando a demanda energética e não atendem as necessidades do sistema. O que aumenta a importância de empregar soluções que tragam ganhos de eficiência energética nas indústrias. Não somente pela redução de custos para a fábrica, como também uma forma de diminuir os impactos do lançamento de gases na atmosfera. 

A gestão de eficiência energética nas indústrias brasileiras 

O Brasil é 20° entre os 25 países que foram listados no último ranking global do American Council for a Energy Efficient Economy. Que tem como objetivo avaliar as políticas públicas e práticas empresariais de gestão eficiente de energia das maiores nações consumidoras. 

O país conta com 49 empresas certificadas pela ISO 50001, de acordo com a ACEEE. Na China, por exemplo, são mais de 1.500 indústrias, já na Índia esse número ultrapassa 600. É possível considerar que o Brasil possui potencial para se igualar a esses países. Porém ainda existe um grande trajeto que deve ser percorrido para que o país consiga melhorar os seus índices globais. 

De acordo com um Roadmap divulgado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), existem alguns caminhos para a implementação de ações específicas para gestão eficiente nas indústrias:

  • Energias renováveis;
  • Mudanças comportamentais;
  • Captura e uso de carbono;
  • Eletrificação.

Essas ações quando unidas se tornam grandes potenciais de economia de energia e custos para as indústrias.

O destino sustentável da eficiência energética nas indústrias 

Os ganhos obtidos através da eficiência energética no Brasil possuem uma contribuição histórica muito importante no atendimento ao consumo de energia, com geração de economias de 14%, entre 2005 e 2018. Além disso, estudos realizados sobre planejamento estratégico, com previsão até 2029, mostram que a eficiência energética continuará desempenhando um papel extremamente relevante, servindo ao crescimento do consumo de energia no médio e longo prazo. 

Existe um caminho sustentável para transformar a maneira como a energia é produzida, transportada e utilizada. Ou seja, o mundo será capaz de eliminar as emissões líquidas de CO2 até 2050, e para atingir esse objetivo é necessário que ocorra um grande impulso global, aliado a uma aceleração do dimensionamento da eficiência energética, energia renovável e eletrificação. 

Saiba como funcionará o planejamento estratégico no cenário dos investimentos 

A necessidade da indústria brasileira de possuir soluções estratégicas que sejam inovadoras para acelerar a transição energética está ligada com o conceito mundial do grande impulso energético, bem como com as políticas do país para a amplificação da sua matriz energética. 

Os investimentos em torno de R$ 400 bilhões que estão previstos para os próximos dez anos, somado ao fato do Brasil ser um dos países mais ricos em recursos renováveis para a produção de energia, é uma grande oportunidade para os investimentos relacionados à energia no país. 

Mesmo com a crise da pandemia vivenciada por todos nos últimos dois anos, ocorreram investimentos de cerca de 30 bilhões de dólares oriundos de 17 países no setor de energia e de mineração. Isso nos mostra que possuímos um ambiente de negócios favoráveis a investimentos nos padrões atuais.  

De acordo com pesquisas realizadas pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), em parceria com a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), 54,4% das maiores empresas brasileiras devem aumentar as suas iniciativas ligadas à inovação nos próximos três anos e 37,3% vão manter os investimentos nos padrões atuais. 

Além disso, uma boa parte desses investimentos será direcionada para a transformação digital do setor industrial, com o objetivo de aumentar a eficiência dos processos fabris, o que vai torná-los menos custosos e mais sustentáveis. 

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